Programa planta êxodo e colhe miséria
EVANDRO FLEXA JR.
Ao contrário do que planejava o governo federal, o cultivo da palma de óleo no município de Tomé-Açu, na região nordeste do Pará, está arrancando o agricultor do campo e germinando uma série de mazelas na zona urbana da região. Quando foi idealizado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o Programa de Produção Sustentável de Palma de Óleo ganhou diretrizes que beneficiavam economicamente a agricultura familiar, estimulando a parceria entre grandes grupos empresariais e pelo menos 7 mil agricultores, donos de pequenas propriedades. Contudo, o projeto assumiu características mercantilistas, dando espaço à monocultura - com a negociação de praticamente todos os pequenos lotes - e a um inevitável êxodo rural. A miséria é uma das consequências.
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Durante a fase de implantação, o pontapé inicial dado pelo governo do Pará foi o estabelecimento de um protocolo socioambiental para a produção de Óleo de Palma no Estado. Das 12 empresas atuantes, oito se comprometeram com as diretrizes: Novacon Reflorestadora Indústria e Comércio de Madeiras Ltda., Consórcio Brasileiro de Produção de Óleo de Palma (Biovale), Agroindustrial Palmasa S/A, Dendê do Tauá (Dentauá), Dendê do Pará S/A (Denpasa), Galp Energia (Portugal), Marborges Agroindústria S/A e Petrobras Biocombustível. Entre as regras, estavam a proibição do plantio em áreas desmatadas posterior a 2006, o combate à monocultura e a integração da agricultura familiar entre os pequenos, médios e grande produtores......
Fonte: O Liberal Leia mais...
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